No Brasil, a inflação deste ano deve fechar em menos de 4%, contrastando com os quase 5% de épocas passadas. Durante a hiperinflação, a remarcação diária de preços empobrecia a população. Hoje, com o real, o país respira mais aliviado, celebrando 30 anos da moeda.
Na hiperinflação, correr ao supermercado após receber o salário era essencial, pois o dinheiro perdia valor rapidamente. Entre as décadas de 1980 e 1990, cinco planos de estabilização econômica — Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2 — fracassaram.
Segundo Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, o medo dos planos de combate à inflação era tão grande quanto o da própria inflação. Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, lembrou que a troca de moedas era tão frequente que faltaram figuras históricas para ilustrar as cédulas, sendo substituídas por imagens de animais.
O real entrou em circulação em 1º de julho de 1994, durante a presidência de Itamar Franco, após o impeachment de Fernando Collor. Com a inflação anual chegando a 4.922% em junho de 1994, Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda, trouxe uma nova equipe econômica, transformando o cenário inflacionário.
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