Hoje celebramos o Dia da Consciência Negra, relembrando a morte de Zumbi dos Palmares (20.11.1695), líder do Quilombo dos Palmares, que lutou contra a escravidão no Brasil no século XVII.
O Quilombo dos Palmares foi um dos maiores e mais importantes quilombos do Brasil colonial. Fundado por escravos fugidos, o quilombo se tornou uma comunidade autônoma, com sua própria estrutura social, econômica e política.
Zumbi tornou-se líder do Quilombo dos Palmares após a morte de seu antecessor, Ganga Zumba. Sob sua liderança, o quilombo resistiu às investidas dos portugueses e holandeses, que buscavam destruir a comunidade, Zumbi liderou várias batalhas contra os colonizadores, Batalha do Carrasco (1680), Batalha do Tabocas (1687), Batalha do Quilombo dos Palmares (1694).
Em 20 de novembro de 1695, Zumbi foi morto em uma emboscada liderada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho. Foi decapitado e sua cabeça exposta em praça pública para intimidar outros quilombolas. Porém seu legado vive e Zumbi dos Palmares é hoje considerado um herói nacional, símbolo da resistência contra a escravidão e patrono da raça negra no Brasil.
O Dia da Consciência Negra surgiu em 1978, em São Paulo, quando um grupo de ativistas negros buscavam chamar a atenção da sociedade para a questão do preconceito racial no Brasil, por sua vez, o Movimento Negro Unificado (MNU), foi fundamental na luta contra o racismo e pela criação do Dia da Consciência Negra, em 2003 a Lei 10.639/03, tornou o Dia da Consciência Negra uma data nacional, incluída no calendário escolar, posteriormente o Decreto nº 4.877/03, regulamentou a lei, estabelecendo diretrizes para a implementação da educação afro-brasileira, e em 2010, através da Lei nº 12.288/10, foi criado o Estatuto da Igualdade Racial.
Hoje o Dia da Consciência Negra é celebrado em todo o Brasil, com eventos culturais, debates e manifestações que promovem a igualdade racial e social, além da valorização da cultura afro-brasileira, nos lembrando que a diversidade é característica fundamental da liberdade e da democracia.
Escrito por: Jairo Nunes
Comments