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Entenda a “flurona”, infecção simultânea por covid-19 e gripe



Você já ouviu falar em “flurona”? Trata-se da infecção simultânea por covid-19 e gripe. O nome vem da junção da palavra “flu” (que significa “gripe” em inglês) com parte de “coronavírus”.



Autoridades médicas de Israel confirmaram o primeiro caso da dupla infecção no fim de semana. No Brasil, infectologistas já relatam a incidência do quadro pelo país. No DF,  foram confirmados nesta quinta (6) 89 casos.


Os sintomas da “flurona”, se comparados aos da covid-19 ou da Influenza isoladamente, são bem semelhantes entre si e o diagnóstico é feito por meio de um painel viral.



“Observa-se febre, dor no corpo, inapetência, tosse, dor nas articulações, nos músculos e de garganta. Em casos mais graves, pode haver falta de ar e a necessidade de internação, eventualmente até em UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, explica Estêvão Urbano, infectologista e diretor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).


O também infectologista e consultou da SBI Marcelo Daher acrescenta que normalmente os quadros de “flurona” são mais arrastados e podem ter mais intensidade nos sintomas.


“O que chama a atenção é que, no geral, se imagina que duas infecções conjuntas não poderiam acontecer, mas tem acontecido e estamos tendo a oportunidade de acompanhá-las.”


Daher traz, entretanto, um alívio. “As duas doenças juntas não significam necessariamente uma maior gravidade, a não ser que fatores de risco estejam associados, como idade e comorbidades.”


Como se prevenir contra a “flurona”


As recomendações para a prevenção são as mesmas quando se fala em covid-19 ou em gripe: usar máscara de proteção facial, evitar ambientes fechados e aglomerações. Além disso, a imunização, tanto contra o coronavírus como contra a Influenza, se mostra mais que necessária.


“A vacina contra a gripe protege contra várias cepas. Não se sabe exatamente o nível de resposta no caso da H3N2, que é a gripe mais usual nessa crise que estamos vivendo, mas possivelmente ela confere pelo menos uma proteção parcial, e as pessoas não vacinadas deveriam se vacinar. Na vacina que será distribuída a partir de março já deverá haver cobertura para essa variante Darwin do H3N2. assim, acredito que essa campanha será fundamental para a prevenção na atual epidemia”, diz Urbano.

Fonte: Band

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